sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Islas Rosário




Buenos Dias Amigos!!!



Hoje é o dia de conhecer as famosas Islas del Rosario.  Como dito ontem, aqui no nosso blog, compramos os bilhetes com um calango na rua morrendo de medo que tudo desse errado.  Entretanto, ele estava no local e na hora marcada para nos receber e orientar.  Dessa vez fomos nós que quase demos um tiro no pé.  Saímos em cima da hora, mas pegamos um daqueles taxistas que ficam exclusivamente à disposição do hotel.  Olha que foi mais barato do que o maluco de ontem e o carro é 150% melhor do que o do jumento que nos trouxe para o hotel ontem à tarde.

Muy bien, ao chegar no ponto de encontro o "tio" nos apresentou para "Bandida".  É isso mesmo, ou pelo menos o que eu entendi.  O nome da responsável pelo nosso grupo é Bandida.  Já deu aquele primeiro susto, né!?  Vambora, ela pegou os nossos nomes, reuniu o resto da galera e partiu porto!  Creio que éramos uns 20 sob responsabilidade da "Bandida".  No meio da galera encontramos uma moça e uma senhora.  São Iris e Paola, mãe e filha respectivamente.  Paola foi o nosso anjo da guarda naquele momento.  Comecei um papo com ela a fim de obter mais informações sobre o que iria acontecer.  O bacana é que começamos a falar em portugues, passamos para o espanhol, migramos para o portunhol e concluímos que era melhor falar em inglês. HUAHAUHAU!!!!  No fim deu tudo certo!  Só faltou fazer mímica.  O importante era se comunicar.  Ela me disse que era a segunda vez que fazia esse passeio e que nos ajudaria caso precisássemos de alguma coisa.  Show de bola! Assim fiquei mais tranquilo.

Chegando no porto e pagamos uma taxa de 14.000 COP por cada um e entramos na "zona portuária".  Bem, era literalmente uma zona!  Todo mundo gritando, vários outros guias e um bando de turistas alucinados e nós grudados na Paola e sua mãe.

Fomos apresentados para outro calango lá que não lembro o nome.  Segundo "Bandida" ele seria o nosso responsável a partir dali.  Bem, o cara olhou pra todo mundo e disparou no espanhol.  Ferrou!!! Fiquei na merda, mas consegui entender que nós deveríamos ficar numas cadeiras logo ao lado esperando pela chamada do nosso nome. Ah! Tem um detalhe muito doido aqui:  O povo não consegue pronunciar direito o nome da Cibelle.  Aqui eles falam algo parecido com "ZIBEULZI".  Por mais que a gente tente ensinar a galera não entende. Coitada da Ciba, tá sofrendo com isso.  HAHAUAUH!

Então sentamos no raio das cadeiras junto com todos os outros turistas, gringos e afins.  Era uma gritaria que só.  Várias lanchas saem praticamente no mesmo horário e do mesmo lugar.  Já viu, né!?  Foi engraçado ver um brasileiro passando correndo na nossa frente gritando com a sua mulher sobre ela ter perdido de vista do tal cara da agência de turismo KKKK... O pior era que ele estava no meu grupo.  Aí pensei: "Se ele está perdido, a gente tá o que?"  Por sorte encontramos um casal de Natal para conversar.  Isso deu uma distraída e parei de ficar preocupado.  O lance era procurar o tal do carinha.  Ele estava com a camisa da seleção da Colômbia e era aquele tipo de negão com os lábios vermelhos que parecia até que estava de batom.  Com essas referências ficava fácil de encontrar ele.  Uns 15 minutos chega o guia e começa a gritar os nomes da gente.  O nome da nossa lancha era Bendicion Edi. Não faço ideia do que significa.  OK, vamo lá. Nós subimos junto com mais umas 100 pessoas ao mesmo tempo na lancha com tudo balançando.  Bicho, parecia a miniatura do Titanic, muito loco mano!  Ah, pelo menos dessa vez nós tivemos uma certa "prioridade" por causa da Ciba, mas foi algo assim de uns 5 segundos na liderança.  Logo que eu coloquei o pé na embarcação, vieram todos de uma vez. KKK... Brincadeira, não foi tão zoniado assim não, mas foi quase isso.  Ficamos na parte de trás do barco, logo ao lado do Capitão.
 
Bicho, era um negão estilo Evander Holyfield.  Tive a sensação de que não iria voltar pra casa... a tripulação não dava um sorriso.  Todo mundo de cara amarrada.  O Capitão só ficava no zapzap enquanto o cara da boca vermelha resolvia a vida de uns atrasildos e providenciava a liberação para partida do barco.  Mofamos uns 15 minutos balançando pra lá e pra cá na lancha.  O negão só ficava no zapzap.  Também ficava colocando músicas caribenhas.  O povo todo alucinado falando pra burro e o cara da boca vermelha lá no escritório do porto resolvendo a liberação. No final do barco encontramos um casal muito simpático de São Paulo que estava na mesma situação que nós, porém com a vantagem de falar muito bem espanhol.

Enfim o barco pode partir!  Vambora negada!!!  Liga o motor que tá na hora de flutuar nas águas caribenhas... opa... deu ruim... o motor não queria ligar... Ah que bosta!  Já comecei a imaginar milhões de coisas:  o barco afundando, a Márcia reclamando a Ciba chorando... puta merda!  Ah, mas nós tínhamos o Comandante "Chocolate"!  O cara era quase tudo.  Navegador, mecânico de barco e contrapeso de motor. KKKKK... o Chocolate pegou uma chave de fenda e um galãozinho de gasolina e resolveu a parada!  Partimos!

IH... 5 minutos depois o motor direito para novamente... aff... agora estamos quase uns 5 km da costa... dá pra nadar até a praia não meu filho, resolve essa parada aí meu filho... Chocolate entra em ação e resolve mais uma vez o problema.  Vocês já viram, né?  A lancha de tempos em tempos parava um pouco pro Chocolate trabalhar.

Bem, mais ou menos o início do caminho a lancha deu uma parada num pequeno vilarejo à beira mar, que mais me parecia com a favela do lixão em Caxias, para pegar o nosso "Guia". Bicho, juntando as peças parece até o filme do Capitão Phillips.  Fiquei preocupado, mas o cara que pegamos (Juan) era muito maneiro.  Ele começou a falar sobre a história de Cartagena e sobre como os espanhóis defendiam a Bahia, além de nos dizer o nome das ilhas e os seus significados.  Bem interessante. O início foi meio assustador porque enquanto Juan subia no barco, uns garotinhos se penduraram do outro lado pedindo "propina" às pessoas.

E lá vamos nós novamente.  Capitão mal encarado acelerou com tudo e partimos em destino as Islas del Rosário.  Opa... uma paradinha pro Chocolate consertar novamente o motor... pronto!  Vamos.  Imagina isso a cada 10 minutos no meio do Mar do Caribe sem conseguir ver terra firma em canto algum.  Ave Maria!



Finalmente vimos terra!  Era Playa del Blanco.  Primeira parada para deixar algumas pessoas por lá.  Eu não sabia dessa. O nosso passeio incluía tudo que tinha direito, mas algumas pessoas quiseram apenas ficar na tal praia.  Esse era o nosso último destino.  Primeiro nós iríamos ao Oceanário e depois sim partiríamos para Playa Blanca.  Largamos uns gringos lá e partimos para o aquário natural das Islas del Rosário.  Chegamos no grande aquário natural.  Muito bacana o local, tirando o fato de que eu morreria em mais uns 70.000 COP para a entrada.  O lá vem os vendedores autônomos tentar te extorquir mais um pouco de grana.  Os caras querem te vender a qualquer custo.  São insistentes demais, mas deu pra fugir.




Vimos tudo que tínhamos direito: tubarão gato, tartarugas, e uns peixes gigantes que não lembro o nome.  Muito bacana quando o instrutor alimenta os tubarões... Eles ficam tão ouriçados que se juntam e quase sobem uma pequena estrutura flutuante só para pegar os peixinhos jogados pelo cara.  Mas a atração máxima do lugar são os Golfinhos.  Vou colocar o vídeo para vocês verem. (Show dos Golfinhos).   Muito bacana as brincadeiras que eles fazem. Até dá pra interagir com os bichos, mas eu teria que pagar mais 50.000 COP só por uma fotinha.  Tô fora!
Depois dos golfinhos nos restou conhecer as outras instalações.  Muito bacana também.  Tiramos fotos nos aquários de cavalos marinhos e outros peixinhos.

Saímos do oceanário e logo o Juan nos chamou para voltarmos ao barco.  Tudo de novo... lancha anda um pouco... pára um pouco... anda um pouco.. pára um pouco... Opa... chegamos à Playa del Blanco.  Bora almoçar cambada!  Todo mundo junto e misturado sob uma grande cabana com umas mesinhas de madeira.  O almoço padrão era peixe frito, arroz de coco, banana frita (patacones) e uma saladinha.  Muito gostoso!  Ah, mas a Márcia e a Ciba deram careta pro coitado do peixe.  Tive que pedir ao Juan que nos preparasse frango (pollo) para elas.  Demorou um pouco, mas saiu tudo dentro do esperado.  A única coisa não tão bacana foi pagar 15000 COP por uma coca cola de 2 litros, mas tudo bem... turista sofre mesmo!

Depois do almoço foi relaxar nas águas quentes do mar do caribe.  Ficamos por uma hora e meia por

lá tomando banho na praia.  Puxa que água quente... muito bom.  Tirando a bagunça feita pelos turistas e os vendedores querendo te extorquir mais dinheiro, tudo foi bacana.  Paguei uns 20000 COP por uma barraquinha com 3 cadeiras e ficamos lá até a hora do Juan nos chamar para ir embora.

Deu tudo certo.  Ciba e eu fizemos buraco na areia, Marcia tomou o maravilhoso banho de mar do caribe que ela tanto queria e ficamos torrando no sol um pouquinho.

Rolou um estresse rápido por lá quando passou uma mãe procurando seu filho de 2 anos.  Caramba! Ela conseguiu mobilizar toda a praia.  Ficamos todos procurando o pequeno Juanzito.  No final, tudo bem.  O molequinho foi encontrado e a mãe relaxou.

Juan nos chama!  Era hora de voltar para o barco rumo ao porto de Cartagena.  AHAUAUHA.... nova aventura para a família Touza... subir no barco em plena praia.  Minha linda esposa e Ciba tiveram que encarar uns 1,5 metros para subir no barco.  Pra Ciba foi mole, peso pena... zuní ela pra cima e partí em direção ao meu amor.  Estava na hora de provar toda a minha virilidade tomando minha esposa ao colo e subindo ela no barco.  Pura ilusão.  Ela não quis. :(    Ok então ela disse que iria pela lateral do barco e eu fui atrás.  Chegando lá ela percebeu que a lateral era tão alta quanto na frente.  Bem, comecei a botar terror... "Se não subir logo vou te pegar no colo!"  KKKK... nunca ví Marcia com tanta disposição.  Ela deu um pulo de quase 5 metros de altura, mas eu tive que dar aquela forcinha empurrando ela com todas as minhas forças.  KKKK... Pronto!  Só faltava eu... subi rapidinho e tomamos nossos assentos.

Partiu porto de Cartagena!  Opa... já ia me esquecendo.. paramos um pouco pro Chocolate consertar o motor e, dessa vez, foi mais rápido.  O motor deu uma trégua e chegamos em 40 minutos no porto, logo após deixarmos Juan em seu habitat.





Pois é... esse foi o ponto máximo do nosso dia.

Essa foto aí do lado é da galera que conhecemos.  A Paola e sua mãe são as da direita.

Demos mais uma caminhada pelo centro histórico de Cartagena, onde por acaso está acontecendo um festival de cinema bacana nessa semana, e pegamos um taxi para o hotel.  Só que dessa vez foi um taxi decente com um motorista bacana, falou!

Fim do dia... jantamos numa lanchonete perto do hotel chamada Rob´s.  Acho que é o primo do Bob´s... mas com sanduíches colombianos.  Muito bom!


Buenas noches amigos!


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